RP pró Responsabilidade Social



Por Talita Sales





Há algumas décadas atrás as empresas consideravam que o seu único papel na sociedade era obter lucro, pagar impostos e gerar empregos. Mas a partir da década de 90, houve uma maior pressão por parte da sociedade para que as empresas adotem práticas responsáveis social e ambientalmente, assim as organizações tiveram de se adaptar aos novos valores.

Segundo Patrícia Bispo, em uma entrevista concedida para site Rh.com.br, para a realização do artigo – Quem é socialmente responsável, afirma que há muitas empresas que tentam somente adquirir uma imagem corporativa positiva, sem se preocupar em fazer um trabalho sério para melhoria de seus processos de produção e relacionamentos com os públicos. Afinal, fazer doações para entidades carentes é bem mais fácil do que rever a postura da organização como um todo, porém isso não é responsabilidade social e sim filantropia.

Para realmente ser considerada uma organização socialmente responsável:

  1. as empresas devem dar satisfações e manter aberto o canal de diálogo não somente para os seus acionistas, mas também para seus funcionários, governo, comunidade em que atua
  2. aplicar conceitos de ética social e ambiental em toda cadeia produtiva, incluindo parceiros de negócios como fornecedores e distribuidores
  3. ter um compromisso com a sustentabilidade
  4. ser transparente em relação a sua atuação na sociedade, ou seja, além dos números informar também sobre suas atividades sociais e ambientais

Os profissionais de Relações Públicas, sendo responsáveis por melhorar a imagem organizacional e o relacionamento delas com os seus diversos públicos, são elementos chave no processo de transformação de uma empresa que se coloca na esfera puramente econômica em uma empresa que está inserida na sociedade de forma mais construtiva, é o que podemos observador no livro - “Tudo pelo Social: A Responsabilidade Social como uma das atribuições de Relações Públicas" – da autora Carolina Frazon Terra.

O artigo de Sandro Takeshi “Relações Públicas e Responsabilidade Social: o Caminho a ser Trilhado pelas Organizações Modernas” deixa claro que os Relações Públicas adquirem em sua formação competências como capacidade de analisar o cenário, identificar os diversos públicos da organização, saber quais são os estratégicos e melhorar o relacionamento das organizações com eles. Além de terem familiaridade com conceitos “intangíveis” como cultura, relacionamento e até mesmo responsabilidade social.

É importante que esses profissionais tenham acesso às pessoas que têm poder decisório dentro da organização para poder conscientizá-las da importância de incluir na sua cultura o conceito de responsabilidade social, que pode não trazer lucro imediato, mas trazem ganhos de imagem para a marca e benefícios para a sociedade no geral.

Reputação: RP e “Media Training”

Por Kelly Fusteros

Saber se comportar diante da imprensa e se sair bem em entrevistas é um grande desafio para os executivos, pois estes carregam em seus ombros a imagem da organização que representam e, por isso, qualquer gafe pode ser fatal para a corporação.

Apenas um curso de atualização do profissional não é o suficiente. O mais indicado é um bom curso de “Midia Training” administrado pelo profissional de Relações Públicas com o intuito de preparar-lhes para o relacionamento com a imprensa.

O “Media Training” ou treinamento dos porta-vozes da organização, não consiste apenas em aprender a discursar objetivamente e a olhar para a câmera. Aprende-se, através de exercícios práticos, a analisar quais informações o jornalista necessita, a como utilizar dados estatísticos e gráficos para responder as questões e a minimizar possíveis erros de comunicação.

Segundo o site Portal do Marketing, a imagem de uma organização não é necessariamente a realidade e sim a percepção dos indivíduos sobre como eles vêem a organização e sobre aquilo que ela escolhe transmitir a eles.

Assim, o profissional de relações públicas está preparado para pesquisar sobre os stakeholders (público estratégico) da organização, analisar quais critérios e valores a organização associa, ou quer associar, sua imagem e planejar uma comunicação eficaz com a imprensa e com as diversas mídias sociais por meio dos gestores.

Não somente as organizações do setor privado têm esta preocupação. Os órgãos públicos precisam constantemente prestar contas à sociedade. Juliana Garcia, responsável pela Assessoria de Comunicação da Escola Superior do Ministério Público da União, em entrevista veiculada na Revista RPCOM nº54, afirmou que “nos órgãos públicos, o acesso aos atos do governo pelo cidadão é um direito garantido pela Constituição Federal. Com isso, a sociedade pede transparência nas ações e atuações de instancias públicas”.

O Midia Training ajuda a se evitar gafes como a do governador do Paraná Roberto Requião que, em palestra sobre a prevenção do câncer de mama, associou as incidências desta doença em pessoas do sexo masculino a Parada Gay, o que revoltou a Associação Brasileira de Gays e Lésbicas. Clique aqui e confira o vídeo.
Nos hospitais o treinamento também se faz presente para ajudar os médicos a serem objetivos e explicar o ocorrido de forma fácil, pois os pacientes não entendem os termos médicos.

Assim, o “Media Training” é importante para todas as organizações, pequena ou grande e de todos os setores, pois ajuda o profissional a ter mais confiança em suas falas, direcionar a entrevista para os assuntos de interesse corporativo e a evitar distorções, omissões e “pérolas” que possam ser possíveis na publicação e veiculação das entrevistas.

Consciências de Comunicação Integrada



Por Simone Queiroga

Atualmente é imprescindível as pequenas e médias empresas ter certas consciências de Comunicação Integrada. Dessa maneira poderão atuar de maneira ativa e estratégica.

Primeira consciência, pensar em comunicação organizacional antes de tudo é pensar na comunicação humana, as relações humanas que ocorre no interior das organizações proporcionadas pelo ato comunicacional.

Em relação à consciência do seu surgimento devemos levar em consideração que a mesma se desenvolve a partir do processo de industrialização – momento marcado por transformações no modo de produção, nas relações de trabalho e relações comerciais – e dos processos político-econômicos - decorrentes da Guerra Fria. É diante desse contexto de mudanças que a comunicação organizacional começa a ser encarada como algo importante, até alcançar a consciência de uma área estratégica na contemporaneidade.

Segunda consciência, a comunicação organizacional é formada pelo mix das comunicações: institucional, mercadológica, interna e administrativa, todas intrínsecas na organização sob a filosofia da comunicação integrada.
Terceiro, ter consciência que as organizações conseguem atuar de maneira eficiente e eficaz quando acionam os seus processos comunicativos de maneira planejada, ou seja, com dimensão estratégica da comunicação organizacional.
Quarto, a Comunicação integrada parte do pressuposto da comunicação pensada de uma forma única, parte de um processo só. Nesse caso, no contexto organizacional pressupõe uma junção e atuação sinérgica da comunicação mercadológica, da comunicação interna, da comunicação institucional e da comunicação administrativa. Esse composto forma a comunicação organizacional.

Nesse sentido, dependendo da prática exercida em determinada organização, podemos encontrar a filosofia de integração. Todos os aspectos ou características que envolvem os tipos de comunicação têm que seguir o mesmo caminho, com objetivos iguais - assim a comunicação torna-se relevante para promover a filosofia da comunicação integrada.

Entretanto, a comunicação integrada só é alcançada com um bom planejamento. Tem que se pensar em todas as partes para formar um composto – apesar das diferenças que cada área possui, deve se pensar em conjunto e não separadamente. Pensar de maneira separada não é pensar estrategicamente.

Isso na prática ainda é vago, não está estabelecido nas pequenas e médias empresas principalmente. As empresas separam as áreas de comunicação em departamentos diferentes para poder operacionalizar melhor. Mas isso não significa que essas empresas não pensam de forma integrada, tudo depende da política organizacional desenvolvida, da filosofia adotada. Caso ser integrada, mesmo tendo separação dos setores pode ter êxito – ao contrário, não atuam de maneira estratégica.

Relações Públicas e as Redes sociais


Por Juliana Camargo



Que atire a primeira pedra quem nunca tentou manter um Orkut, um MSN, um Blog, ou a mania mais recente, o Twitter, pelo menos uma vez na vida. Pois é, agora isso não é só coisa de adolescentes ou “desocupados”, muitas empresas estão fazendo uso dessas redes sociais como ferramentas de comunicação e gerenciamento de crises.

De acordo com o texto A vez do Consumidor, postado no blog Ocapuccino, cada vez mais os consumidores comuns utilizam a Internet para expressar sua (in)satisfação com marcas e produtos já experimentados. E como tudo na web ganha proporções gigantescas num piscar de olhos, gerar uma crise não requer esforço e tão pouco habilidade. E é aí que entra o profissional de Relações Públicas.

Pelo fato de ser um profissional com visão do contexto organizacional, o RP é o mais indicado para fazer o gerenciamento de crises nesses casos, pois conhece as ferramentas e meios de comunicação, os públicos da organização e a melhor forma de se relacionar com eles.

Estamos vivendo a Era da Informação, e negligenciá-la não seria uma boa estratégia para as empresas no momento, e nem ignorar o que os públicos estão dizendo. Mas não basta ouvi-los, é preciso tomar atitudes, reagir a eles, e dessa forma, evidenciar a marca de uma forma positiva, criando parceiros e não apenas consumidores.

NÃO! RP não faz milagre. RP não apaga incêndio. RP estuda, planeja, prevê possíveis acontecimentos e cria soluções de comunicação visando à transparência (também no meio digital) e o bom relacionamento.



Por Daniele Pedace




Apesar de existir a um bom tempo, a atividade de Relações Públicas até hoje não é conhecida por muitas organizações.

Como toda organização tem seus públicos, as Relações Públicas se tornam necessárias, para que as organizações mantenham em alta a sua reputação, sua imagem e credibilidade - ainda mais que o avanço da tecnologia e das ferramentas de comunicação (principalmente as digitais) está cada vez mais veloz.

Os públicos podem fazer com que a organização obtenha sucesso ou fracasso, pois toda organização trabalha para oferecer algo a algum público que, por sua vez, pode ficar satisfeito ou não com suas ações. A insatisfação excessiva do público com uma organização pode comprometer a sua imagem. O profissional de RP trabalha para que isso não aconteça.

O profissional de RP utiliza a informação para exercer a comunicação entre a organização e seus públicos, ele é um negociador e um mediador que visa integrar os interesses, tanto da organização quanto dos públicos, promovendo acordos. Também traça o perfil de consumo do público e analisa o comportamento do consumidor perante a marca e os concorrentes, além de antever crises e gerenciá-las.

O RP pode ser descrito como uma espécie de estrategista da comunicação. Portanto, o profissional de RP é um administrador da comunicação e do relacionamento entre a organização e seus públicos. Daí vem a importância das Relações Públicas para qualquer organização.

As Relações Públicas têm um vasto campo de trabalho, por isso muitas empresas já criaram seus departamentos de RP, obtendo bons resultados. Este é um bom caminho para as organizações que pretendem crescer e aumentar sua reputação diante de seus públicos.

Ao considerar os interesses dos públicos, a organização torna-se mais objetiva e produtiva. As organizações e os públicos dependem uns dos outros e é o profissional de Relações Públicas que consegue unir estes interesses para que todos fiquem satisfeitos.

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