A atuação das empresas no mercado vem exigindo flexível adaptação ao cenário atual - concorrência e a tecnologia. Para as pequenas e médias empresas suas diversificadas e flexibilidade de adaptação favorecem a rápidas ações as mudanças do mercado.
Dentro deste cenário de mudanças, como será que andam as relações internas da empresa? Será que com todas essas preocupações de manter-se no mercado existe motivação e/ou investimento para o bom relacionamento no ambiente organizacional?
A interação que existe ou pelo menos deve existir entre a organização e seus funcionários é a nomeada comunicação interna, do qual o profissional de relações públicas é qualificado para exercê-la.
A atividade tem como principais objetivos informar, motivar e criar espírito de equipe entre os funcionários. Ela cria através do diálogo a troca de informações e experiências que compatibilizam os interesses da organização e de seus funcionários.
Não esqueçamos de que o empregado perpetra também a imagem da empresa, quanto mais bem informado, motivado e treinado estiver maior será seu nível de satisfação e produtividade no exercício de sua função.
A comunicação interna contribui para a integração dos funcionários às políticas de desenvolvimento da empresa. Por exemplo, se uma informação de algo que será modificado for bem transmitida e houver o entendimento de ambas as partes (organização e empresa) não só haverá um bom clima no ambiente de trabalho como também contribuirá para o bom desempenho organizacional.
Algumas pequenas e médias empresas não disponibilizam verba para executar algumas ações de comunicação interna como as grandes empresas podem arcar. Uma delas que não necessita de investimento financeiro é o ato da comunicação face a face - têm grande importância e pode contribuir muito para cumprimento de objetivos como: a dedicação, a cooperação, a motivação e dentre outros que podem contribuir na efetividade das metas que a empresa deseja alcançar.
O trabalho não é simples e nem fácil, o profissional responsável pela comunicação interna deve conhecer bem o funcionamento da empresa. Dede ser levado em consideração ao planejar qualquer ação de comunicação interna que os serviços estão sempre numa constante mudança, e que precisam ser planejados a longo prazo ou então projetados para um determinado tempo e lugar.
A grande dificuldade que o profissional ainda enfrenta é convencer as empresas da importância desta atividade e conquistar sua confiança. O importante é não desistir e superar os obstáculos, mostrar os resultados com cada ação realizada. E problemas de comunicação interna todos têm e devem solucionar, tanto nas grandes quanto nas pequenas e médias.
Segundo o texto “A trajetória das relações públicas nos países do Mercosul: reflexão e pesquisa da atividade” da professora e coordenadora de Relações Públicas da Universidade Metodista de São Paulo Maria Aparecida Ferrari.
O desenvolvimento das Relações Públicas na América Latina teve como base os modelos e práticas realizados principalmente nos Estados Unidos e em menor grau na França e Inglaterra.
Essa dependência segundo Ferrari é consequência da maneira em que foi inserida a atividade nos países da América Latina.
Entre 1930 à 1960, a industrialização dos países latino-americanos permitiu a vinda das organizações multinacionais de diversos países que trouxeram em suas estruturas hierárquicas o modelo de um departamento de relações públicas, que cuidavam da comunicação interna e externa.
Na primeira metade do século XX as atividades de relações públicas em sua maioria eram realizadas por profissionais desqualificados e de uma maneira isolada.
A partir de 1950, começou a surgir associações que ajudaram a consolidar a profissão de relações públicas na América Latina, através da capacitação dos profissionais que exerciam a atividade, por especialistas estrangeiros que estiveram em diversos países entre 1950 e 1960.
Em 1954 foi criada a ABRP – Associação Brasileira de Relações Públicas que organizou diversos congressos nacionais e internacionais de relações públicas. Teve importante participação na fundação da Fiarp – Federação Interamericana de Associações de Relações Públicas.
O Brasil devido a sua trajetória e por sua história, é considerado pioneiro frente aos outros países da América Latina na prática das relações públicas.
Em 1940 a Fundação Getúlio Vargas, o Idort e a PUC/RJ, promoveram cursos com o intuito de capacitar os profissionais que atuavam na área de relações públicas. Dentre os que participaram desses cursos, surgiu um grupo que em 1950, fundou a ABRP - Associação Brasileira de Relações Públicas, entidade que contribuiu com desenvolvimento da atividade no Brasil.
Em 11 de dezembro de 1967 foi criada pelo governo a lei no. 5.377, que disciplinou o exercício da profissão de relações pública. O Brasil foi o primeiro a adotar uma legislação específica sobre Relações Públicas. Nesse mesmo ano a Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo fundou o primeiro curso superior universitário de relações públicas.
A partir dos anos de 1980, as relações públicas no Brasil, passou por um grande avanço devido as transformações econômicas e principalmente a abertura política; devido ao crescimento das assessorias e agências de comunicação e por fim o desenvolvimento da produção científica.
Os anos 1990 foram brindados com o movimento denominado Parlamento Nacional de Relações Públicas, liderado pelo Conselho Federal de Relações Públicas (Conferp), entre 1993 a 1997. O Parlamento Nacional foi o primeiro espaço de análise sobre o conceito e as funções das relações públicas e do papel do mercado nesse cenário.
Dessa forma, o século XX terminou com uma grande influência da globalização e do avanço da tecnologia, que avançou os processos organizacionais, acelerando a transmissão de dados e informações. Essas influências proporcionaram o desenvolvimento de ferramentas eletrônicas de comunicação nas empresas, assim como novas áreas de atuação, abrindo novos espaços para os profissionais de relações públicas.
A atividade de relações públicas, no Brasil, passa por uma crise de identidade, pois uma grande parcela dos profissionais é contra a manutenção da regulamentação da profissão, uma vez que, ao longo dos anos, ela atuou muito mais como um entrave do que uma alavanca para a prática de relações públicas.
No entanto cabe aos atuais e aos futuros profissionais de relações públicas, refletir bastante sobre assunto, além de exercer a atividade de forma eficaz e competente para que nossa profissão seja mais reconhecida como uma atividade de grande importância para o desenvolvimento das organizações.
Por Adriane Leal B. Filenga
Alanna Costa Santos também concorda com Waldyr, ela afirma que as Relações Públicas nas pequenas empresas são um desafio profissional, mas um mercado em potencial. Até porque, segundo ela, “Os pequenos negócios têm grande importância econômica e política, são responsáveis por considerável parcela da economia, empregam mais de 50% da mão de obra produtiva nacional.”
Algumas das dificuldades que as empresas de médio e pequenos porte enfrentam são ressaltadas por Alanna: “alta carga tributária, ausência de recursos, estrutura administrativa enxuta, mão de obra pouco especializada, concorrência desleal, barreiras culturais.”, entre outros.
Claro que não podemos deixar de lado as dificuldades que as empresas de menor porte enfrentam. Mas, não podemos nos esquecer que as grandes corporações também enfrentam algumas dificuldades. E, além disso, esse é um desafio que pode ser vencido, se lidado de forma correta. E as Relações Públicas estão aí pra isso, para ajudar as organizações a vencerem barreiras e ganharem visibilidade. Isso tudo, através de estudos e planejamentos, podendo, assim, criar soluções estratégicas que auxiliem as organizações atingirem seus objetivos.